Jesus
continua sua caminhada pelo mundo, aproxima-se de Alfredo.
“Querido
amigo, estava esperando por mim?”
“Olá
Jesus, te espero há muito tempo, achei que você jamais viesse. Já estava
desistindo.”
“Estive
sempre por perto, esperava você abrir a porta do seu coração para eu entrar.”
“Como
vou abrir a porta para você entrar se não consigo sair dessa cerca que me
envolve? Todas as vezes que me movo os espinhos me machucam.”
“Esta
cerca surgiu como meu irmão?”
“Não
sei Jesus, mas quero me livrar disso, ela cresceu e não percebi, até o dia em
que me vi assim totalmente enrolado nela, minha liberdade ficou aí fora, não
consigo mais me mover.”
“Lembra-se quando o primeiro espinho da cerca te machucou?”
“Ah!
Mestre, jamais esquecerei. Minha filha Joana me ofendeu com seu comportamento, agrediu
minhas regras de vida, discutimos, dei um tapa em seu rosto, a expulsei de casa”-
o homem aponta para o coração. – “doeu muito, nunca mais nos vimos, ainda lateja aqui aquela discussão.”
“Nascia
aí a cerca-viva que te prende, meu amigo. A semente da discórdia foi alimentada
dia a dia por você, dela brotou o rancor, floresceu a mágoa e finalmente os
ramos do ressentimento te envolveram por completo.”
“E
como faço para cortar essa cerca-viva Mestre?”
“A
cerca-viva do ressentimento só será removida com a aplicação de um remédio
puro, forte e intenso. Ele fará com que você recupere a liberdade do seu
espírito.”
“Mestre
me aplique esse remédio então! Pelo amor de Deus.”
“Alfredo
esse remédio é autoaplicável, ele está dentro de você, aplique em sua vida, –
Jesus aponta para o coração do Alfredo. – o Amor desse Deus dissolve a
cerca-viva nascida na semente da discórdia. Esse amor forte e intenso chama-se perdão.”
“Me
ajuda Mestre.”
“Deixe-me
entrar em sua vida, abra seu coração para que esse sentimento ruim saia. Tem
alguém aqui comigo que te procura por anos, e muito orou para ajudá-la nessa busca.” – nesse momento uma jovem se
aproxima.
“Pai
me perdoa!” – a jovem se aproxima, traz na mão uma rosa vermelha, se aproxima e
a coloca sobre a cerca.
“Filha
me perdoa!” – a cerca-viva se rompe, rosas começam a brotar dos ramos caídos. Aquele
senhor tão sofrido abre os braços, se ajoelha aos pés da filha. Ela o levanta,
beija seu rosto e o abraça intensamente.
O
Mestre se aproxima dos dois e os envolve com uma linda luz branca. Após 15 anos
do desencarne o pai reencontra a filha, o amor do Mestre os unia novamente. Ela sonhando com o pai, ele se libertando de vez para a Luz.
GOTA
DE LUZ: Quantas sementes deixamos brotar em nossas vidas alimentadas por
sentimentos de orgulho, vaidade, raiva, ódio, rancor... e as regamos
diariamente fazendo-as brotar e nos prendendo por muitas vidas.
“O
espírito que adquirir a virtude do perdão não achará dificuldade em mais
nada...” Chico Xavier
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