“Amor, você sabe que estou
muito doente, tenho somente mais algumas semanas de vida.” – Luana olha para
Celso, seu marido há 20 anos.
“Não fala assim, minha
amada, tenha fé.”
“Eu tenho meu querido, mas
preciso do seu amor nessas semanas que me restam, ele alimenta a minha fé
nestes momentos tão difíceis. Você promete me amar neste meu resto de vida,
amor?”
“Querida, te amarei não
pelo resto de sua vida, mas sim, por toda a minha existência.”
Celso ajoelha-se ao lado da
cama, chora silenciosamente.
“Amor de minha vida,
descanse de suas dores, desabroche para a vida espiritual. Meu amor será a
fonte eterna de sua viagem espiritual; nele minha fé me reerguerá todas as
vezes que a tristeza tentar envolver meu espírito, esse amor será o alimento de
minha saudade.”
“Muito bem filho amado, esse lindo sentimento nasce da fonte fecunda de amor.” – Jesus coloca as mãos sobre a
cabeça do Celso.
“Mestre Jesus, como é bom
ter você aqui comigo. Preciso muito do seu aconchego, minha amada Luana partiu
para longe de mim.”
“Celso, ela não foi para
longe de você, apenas está em outro momento da eterna viagem da vida. O amor verdadeiro
não se rompe na matéria, se eterniza no etéreo. Como fio iluminado nos une à fonte criadora pela eternidade, e aos espíritos que cruzam nossa jornada, pelo
entrelaçamento invisível dos sentimentos, forte o suficiente para nos manter
ligados por muitas vidas, em encontros infinitos.” – Nesse momento Celso acorda,
abre a janela de seu quarto, olha para o céu, levanta os braços, hoje faz dois anos do dia em que partiu seu grande amor.
“Obrigado Senhor por mais
um dia! Obrigado por poder ter iluminado o fio que para sempre me unirá à minha
amada Luana.”
GOTA
DE LUZ: Invisíveis laços nos unem uns aos outros por longas jornadas.
Torná-los iluminados pelo amor é a nossa missão divina, desde o nosso
lançamento da fonte criadora à vida eterna.
“Amo
como ama o amor.” Fernando Pessoa